Todos sabemos o quanto é complicado lidar com um fim, seja ele qual for, pois todo término nos traz, mesmo que em doses pequenas, a sensação de incapacidade e impotência e nos faz perceber o quanto somos insignificantes diante de certas situações que simplesmente não podemos controlar porque não existe a opção de apertar um botão e fazer tudo parar.
A carta da morte surge em nossas vidas sempre trazendo um momento de confronto, dizendo: agora alguma coisa vai mudar, queira você ou não. É a força da vida movimentando as energias e os destinos, fazendo as peças do jogo se movimentarem no tabuleiro para que um novo jogo se desenhe.
Procuro sempre ver essa energia de mudança trazida pela carta da morte como um fôlego novo, um sopro que vem trazer uma reviravolta, desta forma se perde um pouco pelo caminho toda aquela coisa sombria e temerosa que a carta morte costuma ter.
Acredito ser de suma importância se ter a consciência de que algo só chega ao fim quando o ciclo termina, ou seja, quando todas as possibilidades já foram experimentadas, quando as tentativas já foram realizadas, quando os recursos realmente se esgotaram. Mesmo que exista ainda dentro do você a sensação de que poderia ainda muito ser feito, se chegou ao fim é que porque a situação chegou ao limite.
Uma cliente chegou chorando semana passada porque o seu namorado resolveu terminar o relacionamento e ela se lamentava porque para ela não tinha acabado, ela ainda tinha esperanças de que as coisas melhorassem, ela ainda sonhava que ele poderia se sentir feliz ao lado dela, mas para ele a coisa toda já havia chegado ao fim, o ciclo para ele havia terminado. Para ele acabou, para ela a sensação de que ainda poderia tentar mais…
É preciso se dar a chance de transmutar pela carta da morte, pois ficar parado diante do impasse, na revolta ou rebeldia, irá apenas fazer a pessoa viver mais tempo na dor. Todo fim requer de nós um esforço para recomeçar.
Uma separação, um ente querido que parte, uma perda de emprego, são situações pelas quais nos deparamos constantemente no decorrer da vida e cada morte que nos alcança traz consigo um novo sopro de vida, novas pessoas, novos relacionamentos, novas situações e novas etapas.
Que tal encararmos o fim com um brilho novo? Vamos jogar uma purpurina de novidades sobre ele?
O casamento acabou? Se veja então como uma pessoa livre com possibilidades infinitas pela frente…
Perdeu o emprego? Imagine a possibilidade de agora fazer o que você realmente gosta!
Mudar o olhar é uma escolha que pode fazer muita diferença.
Drika Gomes
Taróloga e terapeuta
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