Infelizmente para muitos a imagem do tarô vem acompanhada por um véu de mistérios, onde por trás se escondem lendas, histórias de bruxas, magias, feitiçarias e ainda para muitos, o tarô é visto como “instrumento do mal”.
A verdade é que para desmistificarmos todo esse enredo que foi construído há muito tempo atrás, temos que fazer uma viagem no tempo até chegarmos no século XV, época da inquisição católica, onde pessoas como eu, teriam sido lançadas à fogueira por sermos consideradas hereges.
Eram tidos como hereges todos aqueles que manifestavam sua fé e suas crenças na natureza, nas plantas, nos astros, enfim, todo aquele que demonstrasse obter conhecimento ou sabedoria proveniente de algum outro elemento que não fosse o professado no catolicismo, era condenado, portanto virava churrasquinho. Desde então a imagem dos grandes profetas, astrólogos, homens da ciência, que eram detentores de grandes conhecimentos do universo, passou a ser deturpada, manchada e muito mal vista. A denominação de bruxos e bruxas que antes significava “pessoas detentoras de grande sabedoria” passou a ganhar uma conotação negativa e coberta de preconceitos.
Esse preconceito que hoje existe a respeito do tarô, nada mais é do que a repercussão da imagem imposta pela igreja aos grandes sábios daquela época.
O Tarô deve ser encarado como uma ferramenta para o autoconhecimento e não tão singelamente como um oráculo para adivinhações.
As previsões feitas pelas cartas do tarô, são muito bem explicadas pelas palavras do famoso psicólogo Carl Jung: Jung concordava que os instrumentos promoviam um diálogo franco com forças invisíveis. Mas, em vez de espíritos e gênios, ouvia nos oráculos a voz do inconsciente. Ao receber essa interpretação, os sortilégios ganham outra roupagem: se transformam em veículos interessantes ao processo de autoconhecimento.
Esse sim é o enfoque que aprecio e que considero dever ser dado ao tarô, desmistificando assim qualquer preconceito antigo e ultrapassado.
Deixemos no século XV ao que ao século XV pertencia. Quem vive com a mentalidade e crenças focadas e limitadas não encontra espaço para evoluir. É preciso conhecer, ler, estudar, abrir a mente para o novo e isso só é possível para quem se permite soltar o velho.
Drika Gomes Taróloga/Numeróloga (11) 95494-2918
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