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Foto do escritorDrika Gomes

O que é o Tarot? Ciência ou Religião?


Se associarmos uma consulta de tarot à ciência moderna, que fala de teoria quântica, campos de energia e mais mil coisas que revolucionaram os antigos conceitos de o que é “racional” ou “científico”, então , creio, chegaremos a concordar que é possível encontrar um espacinho dentro desta ciência que rompe paradigmas para a prática do tarot. Tudo isso não faz com que o processo nos pareça menos misterioso. Há 20 anos estudo o tarot e ainda continuo achando tudo muito misterioso e encantador! E a minha própria percepção de como ele funciona vem, neste período, também modificando, amadurecendo e permitindo que o novo se manifeste. Por exemplo, logo que comecei a jogar, acreditava que era fundamental estar frente a frente com a pessoa, acreditava que era necessário estar em contato visual com ela, estar (numa linguagem clichê espiritualista) em contato com seu campo áurico. Outro detalhe: sempre deixei que a própria pessoa selecionasse as cartas que fariam parte do jogo a ser interpretado, ao contrário de muitos tarólogos que pedem para que a pessoa somente “corte” o monte de cartas. Hoje, dou consultas através do MSN ou skype e SEI que não há a necessidade da presença física pelo simples fato de (mais um clichê…rs) espaço/tempo não existir. Para ser 100% sincera com vocês, posso citar uma série teorias que explicariam perfeitamente o fato de “a coisa toda funcionar tão bem”, mas creio que nenhuma delas é suficiente… fica sempre algo meio artificial, como se quiséssemos criar o fato para encaixar na teoria. Em relação a tudo na vida, inclusive ao tarot, já há alguns anos desisti de buscar explicações absolutas (até porque não acredito em verdades absolutas) e aprendi a respeitar e até me encantar com o Mistério. O Mistério é simplesmente aquilo que acontece, mas ainda não temos instrumentos mentais e sensoriais para compreender; mas não há como negar que acontece. E é o Mistério que também faz, neste momento, com que eu passe ao segundo tema: a religião. Em primeiro lugar, vamos combinar…? O sentido primordial de religião já caiu por terra há tempos! O religare, o processo de reconectar com a Divindade está longe de ser o que acontece atualmente na maior parte das religiões que conhecemos. Religião virou uma instituição onde existem: normas, regras, hierarquia e dogmas. Então… Graças a Deus que o tarot não virou religião! :-)))) Como eu também não quero ser radical como aqueles a quem critico, espero que todos compreendam aqui que quando falo das religiões e de seus seguidores estou sendo bem genérica, porque gente boa e gente ruim temos em todos os cantos… Nos “meus cantos” então, posso dizer que conheço bem: maus jornalistas, maus tarólogos, maus funcionários públicos… Tenho um enorme “telhado de vidro” quando o assunto é a área profissional em que se atua…rs Por outro lado, o tarot age como um instrumento de religação ou reconexão com a divindade interna, que, por sua vez, está ligada a tudo que há no mundo. E isso que acabo de escrever, longe de ser interpretado como algo religioso, faz parte dos conceitos utilizados pela ciência atual.

 Então o tarot nada mais é do que um instrumento que cria caminhos para encontrar consigo mesmo. Já dizia Carl  Gustav Jung – “Ouço nos oráculos a voz do inconsciente”

A “mágica” das coincidências significativas, que se manifesta nos oráculos, foi conceituada por Jung como sincronicidade. Ela é uma dos métodos usados pelo inconsciente para trazer à tona uma percepção – não só a partir das artes adivinhatórias, mas também daquelas outras “coincidências” que nos tocam de forma tão profunda, a ponto de despertar a uma nova observação do momento já conhecido. Essa foi uma das mais controversas teorias junguianas, pois era considerada mística demais para ser considerada ciência. No entanto, desde Einstein, a física quântica aponta para a comprovação das hipóteses a partir do estudo da energia como condutora de informação.

Muitas vezes, os eventos sincronísticos nos conduzem aos insights que tanto esperamos: é como se, em um breve momento, a ignorância se descortinasse e pudéssemos vislumbrar a realidade. E, assim, nos sentíssemos seguros para superar as dificuldades impostas pelo momento.

A percepção do espaço e do tempo são atributos da consciência. Ou seja, no inconsciente eles se perdem, não têm a mesma importância que damos na vida lúcida. Como manifestação do inconsciente, a sincronicidade é capaz de ensinar sobre a sensação de relatividade do tempo, inclusive durante uma consulta oracular. Assim surgem, com a mesma facilidade, evocações do passado e lampejos de futuro. Da mesma forma, distâncias se encurtam.

O que ordena a prioridade do que é apresentado durante um jogo é a carga afetiva dos acontecimentos, e não os fatos em si. Por esse motivo, muitas vezes o consulente chega com questionamentos pré-formulados e, ao iniciar a consulta, uma nova problemática se apresenta e domina o assunto. Antes de debruçar sobre o que quer saber, ele deve se debruçar sobre o que precisa saber.




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